Quanto mais eu ensino, mais aprendo… e o mais importante de toda essa troca tem sido a constatação do quanto as emoções podem bloquear a aprendizagem.

Esses bloqueios vêm mascarados de falta de tempo, falta de dinheiro e se paramos para analisar e damos o tempo correto, percebemos que a raiz dessas respostas é o medo de falhar.

Na anamnese, as respostas mais comuns são: entendo tudo, mas não consigo falar, entendo, mas não tenho as palavras corretas, falta vocabulário.

E nesse momento pergunto ao aluno:

Como você se sentiria se soubesse exatamente todas as palavras para me responder, já que entende a pergunta?

Como você se sentiria se não soubesse a palavra exata, mas soubesse descrever o que está sentindo ou pensando?

As respostas são: me sentiria feliz, me sentiria pleno, me sentiria orgulhoso de mim mesmo.

E pergunto: por que você tem fugido dessa plenitude, felicidade e autoaprovação?

Nessa hora a maioria trava ao constatar a autossabotagem.

A autossabotagem normalmente está ligada às emoções gravadas em nosso inconsciente. Algo que ocorreu no passado que gerou uma memoria afetiva, memória emocional e quando passamos por situações parecidas, um gatilho é ativado.

Gatilho é aquela faísca que traz as sensações físicas, como frio na barriga, batimento cardíaco acelerado, suor nas mãos, boca seca, dor de cabeça, sonolência.

Essas sensações físicas tomam conta em uma velocidade incrível, não temos a consciência de onde vem e infelizmente as associamos ao momento presente – responder uma pergunta em inglês, por exemplo.

O que gera a crença de que o idioma é o problema.

Nesse ponto, estou convicta de que não adianta capacitar meu aluno com todo léxico da língua inglesa, todas as regras gramaticais possíveis se não tratarmos o seu emocional.

Essa limpeza pode se dar de forma acelerada ou lenta, dependerá do grau de confiança do aluno comigo. E para criar essa confiança e laço emocional, é necessário estabelecer um relacionamento.

 

Por essa razão, minhas aulas são pessoais, afetivas, crio vínculos, porque somos seres completos e complexos. Não somos maquinas ou simples drives para armazenamento de palavras.

É necessário explorarmos as emoções contidas no inconsciente, trabalhar essas sensações, os gatilhos e ressignificar qualquer memoria que estejam atrapalhando por fim a aprendizagem.

Fica aqui o convite aos futuros alunos: vamos trabalhar o que está escondido para que a autossabotagem seja eliminada de vez e haja o domínio de qualquer idioma.

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